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Poema de Compaixão

A compaixão e seus deveres.
Lá estava ela, sozinha, oprimida e afastada no canto da sala.
A Felicidade e o Realismo pareciam conversar pacificamente, aliás, apesar de todos sempre colocarem um contra o outro; sempre foram bons amigos.
A Tristeza se lamentava melancolicamente com a Raiva, que a todo momento lançava olhares maliciosos para a Ira.
A compaixão apesar de ser proclamada constantemente sempre esteve sozinha.
Ate mesmo a solidão que lhe prometia companhia, estava desabando se com o amor.
" Eles não precisam de mim " Então, a compaixão se levantou, e saiu pela porta da frente.
Na ausência da compaixão, precisavam de mais um membro para preencher o seu cargo.
Através de um teste seletivo, o Egoísmo se saiu muito bem e na frente de todos, ele conseguiu o que queria.
O Egoísmo adentrou com um olhar desafiador, e todos o olharam com admiração.
Egoísmo foi recebido muito bem!
Lá na janela próximo a saída, estava a Compaixão, com as malas em mãos e triste.
Por que Talvez, pelo fato de que quando ela chegou, a única pessoa que a recebeu foi a Morte.
A Morte não estava em seu local de trabalho, ela não devia estar ali.
Mas mesmo assim, ela visitava a Compaixão, dizendo: " Eu levarei a todos, mas eu não levarei você." E nesse momento, Compaixão abalou se e arregalou os olhos bem confusa e perguntou rapidamente " Por que não me levarás, Morte é seu trabalho! " Nesse momento, Morte riu francamente como se Compaixão fosse uma ingênua que não havia percebido algo.
Morte calou se e levantou a voz, mas se Compaixão soubesse que seria a ultima conversa das duas ela teria agradecido.
" Compaixão, não entende Você já esta morta a muito tempo."