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Os Seres Vivos

PACIÊNCIA
Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais" E o bem comportado executivo
O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o
jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido
uma "mala sem alça".
Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava
demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a
cabeça, inconformado
Vi uma moça abrindo um e mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem
sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintética
dos calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer
chegar
Qual é a finalidade de sua vida
Surpreenda se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você
Onde você quer chegar
Está correndo tanto para quê
Por quem
Seu coração vai agüentar
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar
A empresa que você trabalha vai acabar
As pessoas que você ama vão parar
Será que você conseguiu ler até aqui
Respire Acalme se
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia
vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência

A ALMA DIFERENTE
O mundo ainda não aprendeu a lidar com seres humanos diferentes da média.
Diferente é quem foi dotado de alguns mais e de alguns menos em hora, momento e lugar errado.
Para os outros.
Que riem de inveja de não serem assim.
E de medo de não agüentarem, caso um dia venham a ser.
O diferente é um ser sempre mais próximo da perfeição.
Nunca é um chato.
Mas é sempre confundido com ele por pessoas menos sensíveis e avisadas.
Supondo encontrar um chato onde está diferente, talentos são rechaçados; vitórias são adiadas; esperanças são mortas.
Um diferente medroso, este sim acaba transformando se num chato.
Chato é um diferente que não vingou.
O diferente começa a sofrer cedo, desde o colégio, onde todos os demais de mãos dadas, e até mesmo alguns professores por omissão (principalmente os mais grossos), se unem para transformar o que é peculiaridade e potencial, em aleijão e caricatura.
O que é percepção aguçada em " puxa, fulano, como você é complicado".
O que é o embrião de um estilo próprio em " Você não está vendo como é que todo mundo faz "
O diferente carrega desde cedo apelidos e carimbos nos quais acaba se transformando.
Só os diferentes mais fortes do que o mundo à sua volta se transformaram (e se transformam) nos seus grandes modificadores.
Diferente é o que: chora onde outros xingam; quer, onde outros cansam; espera, de onde já não vem; sonha, entre realistas; concretiza, entre sonhadores; fala de leite em reunião de bêbados; cria, onde o hábito rotiniza; perde horas em coisas que só ele sabe importantes; diz sempre na hora de calar; cala sempre nas horas erradas; fala de amor no meio da guerra; deixa o adversário fazer o gol porque gosta mais de jogar que de ganhar; aprendeu a superar o riso, o deboche, o escárnio e a consciência dolorosa de que a média é má porque é igual; vê mais longe do que o consenso; sente antes dos demais começarem a perceber; se emociona enquanto todos em torno agridem e gargalham.
A alma dos diferentes é feita de uma luz além.
A estrela dos diferentes tem moradas deslumbrantes que eles guardam para os poucos capazes de os sentir e entender.
Nessas moradas estão os maiores tesouros da ternura humana.
De que só os diferentes são capazes.
Jamais mexam com o sentimento de um diferente.
Ele é sensível demais para ser conquistado sem que haja conseqüência com o ato de o conquistar.

Espelhos Vivos ZH 02/05/07
Estava assistindo ao RBS Notícias, meio distraída, quando apareceu na tela o depoimento de um homem.
Eu não estava prestando atenção na matéria, não sei que assunto estava sendo tratado, mas aquele homem eu conhecia.
Grisalho, óculos de grau, um senhor.
Mas um senhor de feições familiares.
Quando apareceu o nome dele nos créditos, pensei: eu conheci um cara com este nome.
Claro!!! Era um amigo que eu não via há muito tempo.
Pertencemos a uma mesma turma anos atrás.
Muita praia pegamos juntos.
Lembro dele surfando, namorando as garotas mais bonitas, um sujeito muito engraçado.
Pois era ele que estava ali na tevê de terno e gravata, grisalho, de óculos, era ele aquele senhor da minha idade!!!
Costumamos conferir os estragos do tempo nos espelhos de casa, mas eles já se acostumaram com a nossa imagem.
A gente se enxerga tantas vezes por dia que não repara nas ruguinhas que surgem e nos fios de cabelo branco recém nascidos.
Tudo o que vemos demais se torna quase invisível.
É preciso um impacto para a gente cair na real.
Algo como dormir 15 anos e acordar de repente.
Ou ver uma foto antiga.
Ou assistir na tevê ao depoimento de um amigo sumido.
Este amigo amadureceu, tornou se um profissional respeitado, mas deve seguir o mesmo brincalhão de sempre.
E é bem possível que, se ele me visse na tevê, pensasse o mesmo de mim: de onde eu conheço essa senhora E cairia para trás ao lembrar que tivemos 20 anos de idade no mesmo verão.
O espelho mais realista são os outros.
Quando vejo Robert Redford, hoje, não consigo acreditar que é o mesmo homem que atuou em Butch Cassidy, e o mesmo vale para sua versão nacional, o Francisco Cuoco, que foi o Gianecchini dos anos 70 e hoje é um charmoso matusalém.
O tempo tem rosto, o tempo tem mãos, o tempo tem voz e nada disso permanece o mesmo.
sorriso.
Minha mãe se mantém linda em qualquer idade, e a Tereza, empregada que trabalha com ela desde os 14 anos de idade e hoje é avó, não mudou nadinha.
Um caso a ser estudado pela ciência.
A moral da história é que espelhos vivos podem nos dar boas ou más notícias.
Depende do nosso olhar.
E do nosso humor.