Faz pouco tempo que deixei de viver sob o mesmo teto dos meus pais, mas o suficiente para saber o que é caminhar com as próprias pernas.
E o suficiente para me fazer refletir sobre todo o privilégio de alguém que tem ou teve um dia mainha e painho no quarto ao lado.
No meu caso, esse privilégio é ainda maior.
É infinito.
Pois, um dia, estive muito perto de não ter essas figuras ao meu lado para me ajudar a crescer.
Mas fui escolhido.
Fui adotado.
Ganhei uma rainha, um super pai e uma família maravilhosa, que são os maiores responsáveis por tudo aquilo que sou.
E o que seria de mim sem vocês Tentar dar uma resposta a essa pergunta é falhar miseravelmente.
Eu nada seria.
Obrigado, família, por essa oportunidade de viver.
(relato de um filho negro adotado).