Eu estive olhando o céu há dias e não precisei conter uma só palavra porque, pasme, eu não tinha palavras!
E eu também já não sei como conduzir os pensamentos que me assombram quando você não está, ou até mesmo deixar o caos adormecer.
Eles estão tomando conta dos meus sonhos, eu já te disse
É que esse espaço oco vive voando em meus pensamentos feito pássaro que cansa do impulso do vento, e eu bem que tentei preenchê lo com algum marcador permanente Mas eu sei que você sabe, ou melhor, sabemos, que eu não nasci pra nada permanente.
Então eu achei que pudesse te perguntar o que fazer e que você fosse capaz de me dizer, assim, com simplicidade e sutileza pro vazio sumir.
Eu devia dizer que sua resposta é de extrema importância porque, acredite, o vazio pode mesmo ser desconfortável.
(E eu já não o agüento mais)
O vazio não é aquele de cara que dorme com você e não te liga no dia seguinte.
O vazio te liga, te manda mensagem.
O vazio é aquele tipinho que não te deixa esquecer que ele tá lá, engolindo tudo o que vê pela frente pra tampar o buraco mas Exatamente como temíamos, o buraco não tem fim.
Pode ser que eu preferisse, pensando com os meus botões, estar no fundo do poço.
Veja bem, o fundo do poço é o limite, certo Eu to correndo desesperadamente atrás de algum limite e me pergunto, no fim das contas, cadê aquela história de “do chão não passa” Cadê a luz do túnel que não tem fim
O problema aqui, meu amigo, é essa escuridão que brilha, fazendo a diva, dentro de mim