Você não me conhece, mas eu suponho que poderíamos ser amantes.
Ou amadores.
Sempre achei que todo amante tivesse algo de amador e por isso as derrapadas pelo caminho.
Me afoga, me enforca, me joga do alto de um edifício, mas não me deixa viver essa coisa que não me deixa ver todas as coisas boas que os seus olhos castanhos contam.
Poderíamos também ser amigos e você me contaria da tua vida com frequência pra me arrancar da realidade Eu te mandaria postais e a gente viveria nessa espera ansiosa de receber respostas.