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O fermento é uma substância que excita outras substâncias, e nossa vida é sempre um fermento espiritual com que influenciamos as existências alheias.
Ninguém vive só.
Temos conosco milhares de expressões do pensamento dos outros e milhares de outras pessoas nos guardam a atuação mental, inevitavelmente.
Os raios de nossa influência entrosam se com as emissões de quantos nos conhecem direta ou indiretamente, e pesam na balança do mundo para o bem ou para o mal.
Nossas palavras determinam palavras em quem nos ouve, e, toda vez que não formos sinceros, é provável que o interlocutor seja igualmente desleal.
Nossos modos e costumes geram modos e costumes da mesma natureza, em torno de nossos passos, mormente naqueles que se situam em posição inferior à nossa, nos círculos da experiência e do conhecimento.
Nossas atitudes e atos criam atitudes e atos do mesmo teor, em quantos nos rodeiam, porquanto aquilo que fazemos atinge o domínio da observação alheia, interferindo no centro de elaboração das forças mentais de nossos semelhantes.
O único processo, portanto, de reformar edificando é aceitar as sugestões do bem e praticá las intensivamente, por intermédio de nossas ações.
Nas origens de nossas determinações, porém, reside a idéia.
A mente, em razão disso, é a sede de nossa atuação pessoal, onde estivermos.
Pensamento é fermentação espiritual.
Em primeiro lugar estabelece atitudes, em segundo gera hábitos e, depois, governa expressões e palavras, através das quais a individualidade influencia na vida e no mundo.
Regenerado, pois, o pensamento de um homem, o caminho que o conduz ao Senhor se lhe revela reto e limpo.
(Emmanuel, O Espiritismo)

É triste constatar a seguinte realidade: se você acha que pratica o verdadeiro Jiu Jitsu, saiba que provavelmente não é verdade.
O verdadeiro Jiu Jitsu está morrendo.
Salvo raras excessões, aquela arte marcial, mais eficiente que todas as outras, tal como sempre ouvimos falar, quase não existe mais.
Não digo que o que você aprende hoje em dia não seja suficiente para se defender e até fazer bonito em cima de um fanfarrão qualquer, mas: você sabe defender se de um ou mais agressores em uma briga de rua Ou você nunca treinou defesa pessoal, acreditando que na hora pensará em alguma coisa Não se engane.
Em se tratando de luta, como diziam os antigos mestres, ou você sabe ou não sabe.
Se não treinou, não sabe, ponto.
O antigo judô, ou Kano Ju Jitsu, era uma arte marcial completa, derivada do antigo JuJutsu (arte marcial sem armas praticada pelos antigos samurais).
Mestre Kano criou uma arte marcial e não um esporte como alguns fazem crer.
Inclusive o Jiu Jitsu desenvolvido pela família Gracie, no Brasil foi ensinado a Carlos Gracie por por Mitsuyo Maeda, o Conde Koma, que treinou a arte suave na Academia Kodokan de Jigoro Kano lá no Japão.
Então, fica a pergunta: O que ocorreu com o Judô afinal de contas Foi exatamente o mesmo que vem acontecendo com nosso Brazilian Jiu Jitsu na atualidade: Uma arte marcial quando vira esporte, acaba sucumbindo a tantas regras que perde sua marcialidade.
Se por um lado a arte marcial sendo divulgada como esporte atrai mais e mais adeptos buscando a tal arte marcial perfeita, por outro lado, as academias visando apenas medalhas e títulos ensinam cada vez menos o que os alunos mais ansiavam num primeiro momento (olha a redundância aí! ).
Hora, aquele aluno que sempre ouviu falar que o Jiu Jitsu é a arte marcial mais eficiente do mundo acaba por empolgar se realmente quando tem contato com ela (afinal Jiu Jitsu é empolgante mesmo) mas sem saber, acaba praticando apenas uma das várias vertentes do jiu jitsu, ou seja, a parte esportiva que visa apenas testar conhecimento na arena entre os atletas.
Se o professor não for muito consciente da rara oportunidade que tem nas mãos, de desenvolver seres humanos cada vez mais fortes e confiantes, não passará para eles a parte de defesa pessoal do jiu jitsu que é o que realmente interessa.
Vejamos o que o grande mestre Hélio Gracie disse a respeito quando ainda em vida em entrevista à Fightingnews:
“O Jiu Jitsu que criei foi para dar chance aos mais fracos enfrentarem os mais pesados e fortes.
E fez tanto sucesso, que resolveram fazer um Jiu Jitsu de competição.
Gostaria de deixar claro que sou a favor da prática esportiva e da preparação técnica de qualquer atleta, seja qual for sua especialidade.
Além de boa alimentação, controle sexual e da abstenção de hábitos prejudiciais à saúde.
O problema consiste na criação de um Jiu Jitsu competitivo com regras, tempo inadequado e que privilegia os mais treinados, fortes e pesados.
O objetivo do Jiu Jitsu é, principalmente, beneficiar os mais fracos, que não tendo dotes físicos são inferiorizados.
O meu Jiu Jitsu é uma arte de autodefesa que não aceita certos regulamentos e tempo determinado.
Essas são as razões pelas quais não posso, com minha presença, apoiar espetáculos, cujo efeito retrata um anti Jiu Jitsu”.
(João Pedro Guimarães)
(Jiu Jitsu Uberlândia)