A literatura antecipa sempre a vida.Não a copia, molda a aos seus desígnios.
A literatura é a expressão da sociedade, como a palavra é a expressão do homem.
A ciência é grosseira, a vida é subtil, e é para corrigir essa distância que a literatura nos importa.
Já escrevi e estou sempre disposto a voltar a escrever o seguinte, que se me afigura de uma evidente verdade: «É com os bons sentimentos que se faz a má literatura».Nunca disse, nem pensei, que só se fazia boa literatura com maus sentimentos.
Toda sociedade humana possui uma mitologia que é herdada, transmitida, e diversificada pela literatura.
Literatura é um mundo que tentamos construir e adentrá lo ao mesmo tempo.
Só se pode chamar ciência ao conjunto de receitas que funcionam sempre.Tudo o resto é literatura.
Deixar a literatura nas mãos dos imbecis é como deixar a ciência nas mãos dos militares.
Às vezes, a literatura parece se com uma operação da Bolsa.As cotizações sobem e descem e muitas vezes só dependem da promoção.
A literatura, quando verdadeira, genérica, não é senão uma das multíplices manufacturas da liberdade.
Existem três coisas que os homens podem fazer com as mulheres: amá las, sofrer por elas, ou torná las literatura.
Nos últimos trinta e cinco anos, repetidos exames da literatura não conseguiram apresentar qualquer indício sólido de que a terapia psicanalítica seja superior à terapia por placebo.
Não se faz boa literatura com boas intenções nem com bons sentimentos.
Não é a beleza mas sim a humanidade o objetivo da literatura.
Mesmo ao jantar é preciso conhecer a literatura.
