Qualquer das grandes religiões da atualidade é, no sentido Darwiniano, uma vencedora da sua luta entre as culturas; de fato, nenhuma delas floresceu por tolerar as suas rivais.
A cultura desaparece numa multidão de produções, numa avalanche de frases, na demência da quantidade.
A cultura é uma necessidade imprescindível de toda uma vida, é uma dimensão constitutiva da existência humana, como as mãos são um atributo do homem.
Não diria que se perdeu, mas a cultura de décadas da companhia ficou, em determinado momento, à mercê dos pensamentos e das ideias de quem estava no comando.
Foi a principal razão de termos tido cinco anos difíceis, traduzidos por desempenhos medíocres.
Cultura é gente, diversa, plural, multifacetada, que na identidade de cada um forma o caldo coletivo que alimenta a história.
O que importa é alimentar gente, educar, empregar gente.
A cultura não lida apenas com as artes e universidades, mas com todos os valores da sociedade humana, que a um governo democrático incumbe respeitar e vitalizar.
Através do iluminismo vilipendiado surgiu a burlesca de usar a cultura como nivelamento social, como se uma pessoa fosse melhor que outra pelo que gosta.
Se não fossem os intelectuais esnobes que pagam o tributo que o prosaísmo deve à cultura, as artes pareceriam com seus famintos profissionais.