Me sinto um gremlin, um daqueles monstrinhos do cinema que se multiplicavam e invadiam a cidade
Eu me vejo mais como um pai de três meninas que como um astro de cinema.
Cinema é uma coisa que acontece aos poucos.Eu quero muito continuar fazendo.
O teatro é o começo, o fim, é tudo, enquanto o cinema pertence ao âmbito da prostituição.
O cinema é, antes de tudo, um transmissor de divisão: ele só pode ser feito por alguns conhecedores.
Quando eu fui para Hollywood pela primeira vez, eu pensei que tudo que eu queria era ser um astro de cinema.Então, quando me tornei um, constatei que não era tudo aquilo que imaginei que fosse.
O cinema me deu muita coisa.Acho que é tempo de retribuir pensando em enriquecer as pessoas e não em aumentar minha conta bancária.
Saí incomodado do cinema.Cheguei em casa e acendi minha vela.Tenho meu altar e rezei com o Cazuza.Não quero que fique nada de negativo entre nós.
O Cinema não é senão o aspecto mais evolutivo do realismo plástico que começa com o Renascimento.
Eu realmente trabalhei muito.Eu dormia no estúdio para poder às 6 da manhã estar de pé, para dar tempo de tomar banho, tomar café.De uma fita para outra eu fazia teatro e, quando eu não fazia cinema, eu viajava por aí, fazendo show.
O cinema novo é a síntese criadora do cinema brasileiro popular internacional.
Eu era obcecado pela idéia de ser diretor de cinema e pensei que a única forma de conseguir isso seria entrar no estúdio.Então, eu me vesti como um executivo e fingi durante três meses.
Eu sou uma só.Sou a Ivete superstar que acorda, escova os dentes, toca violão, vai ao cinema, faz show, dá risada.É tudo junto.Se separar, a gente pira.
Saio do cinema: a nuvem de primavera é outra sessão.
Quando se faz cinema, vendem se sonhos.Por isso é preciso permanecer misteriosa: no meu caso, ser uma mulher criança, como foi Brigitte Bardot.
