Os tristes, os deserdados, os pobres, os oprimidos, quando tudo lhes falta, o pão, o lume, o vestido, têm sempre, no fundo da alma, uma cantiga pequena que os consola, que os aquece, que os alegra.
É a última coisa que fica no pobre.
E então a cantiga vale mais do que todos os poemas.
Embelezai vossas línguas com veracidade, ó povo, e adornai vossas almas com o ornamento da honestidade.
Guardai vos, ó povo, de tratar qualquer um de modo traiçoeiro.
Não importa quantas metamorfoses ambulantes minha vida sofra, minha alma será sempre a mesma.
Essa é a maior dádiva: deixar se renovar sem perder a raiz, aquilo que você realmente é.