De repente deu me uma saudade imensa daquele tempo em que tínhamos menos preocupações, daquele tempo em que nossas mentes e almas estavam dedicadas e dirigidas apenas para o prazer e para a satisfação do outro.
Sabes, não estou exactamente a queixar me, apenas relembro os velhos tempos em que sorríamos com mais naturalidade, aquele tempo em que víamos mais graça e mais delícia nos nossos passeios, aquele tempo em que o simples facto de estarmos juntos era, por si só, um programa maravilhoso.
Acho que ficámos exigentes em demasia, acho que apanhámos a triste mania de procurarmos em lugares distantes, algo que talvez, esteja bem diante de nós.
Resolvi escrever te este bilhetinho porque, de repente, surgiu me uma estranha nostalgia de ti, uma nostalgia de nós, nostalgia de como éramos e nos portávamos um com o outro.
Depois de pensar um bocadinho, concluí que é possível revivermos aquela época em que a ausência do outro nos despertava a mais feroz das saudades, aquele tempo em que a chegada do outro nos fazia transbordar de felicidade.
Queres saber uma coisa, querido Estou a morrer de saudades tuas, e hoje, quando chegares, vou transbordar de alegria ao rever te!