Não me procures, Mãe, sob o jazigo.
Que recobres de jóias e açucenas!
Fita o campo das lágrimas terrenas,
Levanta te da lousa e vem comigo.
Aqui, chora a viuvez amargas penas,
Ali, geme a orfandade ao desabrigo,
Ergamos para a dor um pouso amigo
E as nossas dores ficarão pequenas!
Transformemos o luxo, Mãe querida,
Em consolo, agasalho, pão e vida,
Na inspiração do bem que nos governa!
E seguiremos juntos, dia a dia,
Convertendo a saudade escura e fria
Em bendito calor de luz eterna.