Aquele olhar transparecia uma tristeza que nada se assimilava com ironia.
Era simplesmente uma verdade pura e triste.
Verdade de quem se cala para fora e se abre para seu próprio eu.
Desespero calado que se torna verdade definitiva.
Sem volta.
Já que faz parte da própria vida indigna e que apodrece um pouco a cada dia.
Como um ovo roto que esconde em sua frágil casca aquilo que os outros não querem ver em você.