Vejo o povo dizer
Que perdeu um amor
Que quando estava lá
Só rimava com dor
Isso não é perda
Isso é livramento
Na minha vida hoje eu sei
Quem é dor, quem é luz, quem é fuga
Quem estraga ou quem estrutura
Quem é adubo, terra ou rosa
Aonde a fome vivia
Joguei minhas cores fartas
E como a natureza é sábia
Tem mazelas, mas tem cura
A solidão fazia casa mas
Plantei minhas jabuticabas lá