Dentro de um ônibus, a proximidade das pessoas à porta de saída, é inversamente proporcional à proximidade do ponto em que vão descer.
Não basta ser pobre, tem que se sentir o bonzão quando está esperando o ônibus em ponto lotado e um amigo de carro para pra dar carona.
Não basta ser pobre, tem que ir a pé até o ponto final do ônibus no horário de pico, só pra ir sentado.
Quem nunca sentou no banco do ônibus ao lado de um gordo não sabe o que é ser uma sardinha enlatada.
Não basta estar carente, tem que fingir que dormiu no ônibus, encostar a cabeça no ombro da pessoa do lado e fingir que foi sem querer.