A pulsão é uma colagem surrealista a imagem que nos vem mostraria um dínamo acoplado na tomada de gás, de onde sai uma pena de pavão que vem fazer cócegas no ventre de uma bela mulher.
Proponho que a única coisa da qual se possa ser culpado, pelo menos na perspectiva analítica, é de ter cedido de seu desejo.
Falo com meu corpo, e isto sem saber.
Digo, portanto, sempre mais do que sei.
É aí que chego ao sentido da palavra sujeito no discurso analítico.
O que fala sem saber me faz eu, sujeito do verbo.
O falasser adora seu corpo, porque crê que o tem.
Na realidade, ele não o tem, mas seu corpo é sua única consistência, consistência mental, é claro, pois seu corpo sai fora a todo instante.