Somos meninos brincando no teatro do tempo; todo conhecimento que temos, ainda não nos levou ao subsolo do nosso inconsciente.
Amando noites afora
Fazendo a cama sobre os jornais
Um pouco jogados fora
Um pouco sábios demais
Esparramados no mundo
Molhamos o mundo com delícias
As nossas peles retintas
De notícias
Mas se eu não prestava, eu fora tudo o que aquele homem tivera naquele momento.
Pelo menos uma vez ele teria que amar, e sem ser a ninguém..
nada jamais fora tão acordado como seu corpo sem transpiração e seus olhos diamantes,
e de vibração parada.
E o Deus Não.
Nem mesmo a angustia.
O peito vazio, sem contração.
Não havia grito.
Acho que quem está de fora não pode condenar, condenar simplesmente é desprezível é preciso compreender.
Todos vivemos com a ilusão de que os outros, por fora, nos vejam como nós imaginamos ser por dentro.
E não é assim.
Não fique aí remando contra a maré, dando murro em ponta de faca.
Veja – se não fora pra ser, não vai ser.
Viro o meu coração do avesso.
O lado mau para fora, o bom para dentro e continuo a procurar um meio para vir a ser aquela que gostava de ser, que era capaz de ser, se sim, se não houvesse mais ninguém no mundo.