Depois do casamento, a moça resolveu não se relacionar mais com a família do marido: a sogra era do tipo “mandona, perfeccionista e organizada, na qual acabaria interferindo na vida” do novo casal
E o sogro Mas quem se importa com o sogro Deixa quieto.
O casamento era bom, o marido gentil e atencioso, não falava muito, mas fazia coisas adoráveis: mandava flores sem motivo, deixava o jardim impecável aos domingos e aparecia com pães doces recheados com muito creme.
Mas o marido era do tipo discreto, calado, “tão diferente da sogra”, e nem perguntava se a mulher gostava das gentilezas que fazia.
Para não o deixar sem graça, a mulher só retribuía com mais amor, carinho e dedicação.
E assim os anos se passavam felizes.
Até que um dia, o sogro morreu.
O filho sofreu intensamente, de forma doída, mas silenciosa, discreta.
E com o sogro, desapareceram as flores inesperadas, os pães de creme e secou o jardim todo verde.
A moça até que agüentou, mas, passado um ano, manifestou ao marido a falta que sentia daqueles agrados.
Com as novas flores, veio a confissão: nunca mandara rosas, nunca comprara pães, nem sabia cuidar de jardim.
A esposa nunca percebera que as flores não vinham com cartão, que os pães chegavam estando o marido de pijama e que o nunca vira cuidando do jardim.
Viu o que queria ver de bom nele.
E nunca soube que o sogro levava os pães que a sogra todos os domingos de manhã assava e recheava carinhosamente.