As palavras de uma língua, caro senhor Gorelli, / são uma paleta de cores, / que tanto podem fazer o quadro feio, como podem fazê lo belo, / segundo a mestria do pintor.
Eu sou navalha cortando na carne.
Eu sou a boca que a língua invade.
Sou o desejo maldito e bendito, profano e covarde.
Sou o encaixe, o lacre violado.
E tantas pernas por todos os lados.
Eu sou o preço cobrado e bem pago.
Eu sou um pecado capital.