Lembrei me do seu rosto
com aquele brilho, brilho de desgosto
Não sofra, pobre moça
o mundo é assim, lutar, aprender
Sem um eterno fim
um corpo flácido
lixo tóxico
permanece estático
no piso gélido
na noite tímida
desgosto e náusea
da partida asmática
sufocante
apática
as marcas
Ah! Agosto porque você não muda, passa ano e mais ano és agosto do desgosto Mas quem dera a culpa fosse somente sua.
Um grande desgosto, e um que estou apenas começando a entender – não escolhemos nosso próprio coração.
Não temos como nos forçar a querer o que é bom para nós ou o que é bom para outras pessoas.
Não escolhemos ser as pessoas que somos.
e eu gostava de chorar a fio
e chorava
sem um desgosto sem uma dor sem um lenço
sem uma lágrima
fechada à chave na casa de banho
da casa da minha avó
onde além de mim só estava eu
O monstro que abusa sexualmente de uma mulher e a faz chorar de desgosto, sofrimento e que também a espanca, não merece ser chamado de homem nem mesmo de animal.
Depois de tanto desgosto tudo passa a ser apenas mais um, mas de vez em quando as surpresas acontecem e senão estamos preparados elas simplesmente se vão.
Poetisa
IsleneSouzaLeite