Ela levantou a cabeça e mostrou que não era uma boneca de porcelana, mas que podia ser quebrada várias vezes e que sempre conseguia se juntar sem perder nenhum dos pedaços.
"Cada pessoa é um mundo, cada pessoa tem sua própria chave e a dos outros nada resolve; só se olha para o mundo alheio por distração, por interesse, por qualquer outro sentimento que sobrenada e que não é o vital; o 'mal de muitos' é consolo, mas não é solução"
Era muito impressionável e acreditava em tudo o que existia e no que não existia também.
Mas não sabia enfeitar a realidade.
Para ela a realidade era demais para ser acreditada.
Aliás a palavra “realidade” não lhe dizia nada.
Nem a mim, por Deus.