"Eu quero me acostumar com a tua ausência.
Que culpa tenho se em cada esquina, bar ou até mesmo na poltrona vazia do cinema eu vejo a sua face."
Hoje o bar é pouco para afogar minhas saudades.
Desculpa garçom, vou mergulhar nas ondas das minhas poesias.
Guarda a garrafa, fecha a conta quem sabe amanhã eu volte para brindar a alegria.
Não és moça de bar
Não procuras pelo olhar
Em meus olhos agoniza a solidão
Desavisada vida que avisa
Nos teus lábios há esperança
Do calor que evapora lágrimas
Na Alameda da Paixão
No bar da vida, o velho bilhar poético.
Vai inspiração e fico em sinuca, estou sem verso e sinto o frio na nuca.
O bar da poesia não abre nem fecha, é flecha sempre lançada, e o coração do poeta, não seca, não se afoga, não nada.
Eu odeio pessoas que entram num bar e não bebem.
Eu odeio testemunhas Um bar é um templo: entrou, tem que beber!
Procuro um amor em cada esquina, na padaria, no bar, nas filas e olhares dos transeuntes.
É uma loucura isso.