sinto que canso
e cansada fico
sinto que espero
por tímidos gestos
um pouco de apelo
não vejo o erro
me consumo no descaso
mas é tudo tão belo
o mundo tão grande
o que amo é tão pequeno
lutamos para entender tudo
que não importamos em explicar
tudo o que vejo escorrendo
entre a barragem e por pedras
faz me pensar
sobre o que já foi o meu mundo
sem poesia e sem chutar
olho me no espelho
lembro por aqueles olhos
o brilho que ansiava ao futuro
encontro me diante do mesmo espelho
os mesmos móveis
o mesmo eu
sobrancelhas mais cansadas
refletem o mesmo grito
escondido dentro da alma
a solidão bate em minha porta
meu amigo nunca me deixe só
esta loucura em que vivemos
rodeados de amor enlatado
peço
guie me por teu fluído