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Estou Magoada

Mágoas de Caboclo
Ah! como eramos felizes
Vivendo lá na choupana
Ao pé da serras da onça
Plantávamos milho, feijão e cana
Fazíamos as nossas festas
No lindo mês de santana
Nossas vidas com certeza
Eram um lindo mar de rosas
Vivíamos sempre felizes
Da casa para nossa roça
Mesmo nós dois sozinhos
Fazíamos nossas troças
Mas como tudo acontece
Na vida de muita gente
Que vive rindo e feliz
Alegre e sempre contente
Eu fui pego de surpresa
Pela sanha da serpente
Nunca pensei que na vida
Um dia eu fosse passar
Por momentos tão difíceis
De dor e muito penar
Com o coração sangrando
Jurando não mais amar
Meus senhores a minha vida
É dividida em duas
Uma quando era feliz
Fazendo versos pra lua
A outra de sofrimento
Jogado em plena rua
Lembro me como tudo aconteceu
Era mês de santana
Mês de festa e alegria
Era o mês da cana
Íamos para a cidade
Passar por lá uma semana
Que semana de alegria
De festa e divertimentos
Esquecíamos as preocupações
Pra nós só tinha o presente
Logo, logo após a missa
Tínhamos divertimentos
Tinha leilões nas barracas
Apresentação de mamulengos
As disputas das rainhas
Uma do vasco outra do flamengo
Pediam ajuda a nós
Cheias de graça e dengo
Mas em uma dessas noites
Que estávamos a brincar
Notei que tinha um sujeito
Há muito a observar
Eu e minha Maria
Com lampejo no olhar
Eu fiquei desconfiado
Logo com o sujeito
Que não deixava de olhar
Como se eu fosse suspeito
Se fosse para a Maria
Era falta de respeito
Mas o tempo foi passando
E caiu no esquecimento
O cara que nos olhava
Até a poucos momentos
Pois eu queria era paz
Sem haver constrangimento
Já tinha bebido muito
Eu ria por brincadeira
Foi quando olhei pro lado
Meio zonzo da bebedeira
Maria não estava ali
Estava só a cadeira
Muito longe de pensar
No que ia acontecer
Pedi mais uma cerveja
Pra nossa turma beber
Senhores, nesse momento
Começou o meu sofrer
Esfreguei logo os olhos
Sem poder acreditar
Que era minha Maria
Que estava a conversar
Com aquele almofadinha
Don Juan desse lugar
Era sim a minha mulher
A razão do meu viver
Que por muitos e muitos anos
Soube me compreender
O que estava acontecendo
Não podia entender
Foi quando, senhores, eu vi
O cabra abraçar Maria
Eu juro não vi mais nada
Só o meu sangue fervia
Quando voltei a mim
Estava numa delegacia
Eu estava sujo de sangue
De quem eu não sabia
Só podia ser do sujeito
Autor da patifaria
Senti logo um arrepio
E se fosse de minha Maria
Foi quando o delegado
Falou com vós alterada
Cometeste um grande engano
Mataste a pessoa errada
Pois sua esposa era
Simbolo de mulher honrada
Não pude ouvir mais nada
Nada mais me interessava
Só sei que estava vivendo
O reverso da medalha
Por culpa exclusiva e total
Do crime e da cachaça.

Você pode estar triste, chorando, magoada, brava, chateada e até de TPM, vem aquele seu “melhor amigo” e te tira da fossa.
Você passa a tarde com seu melhor amigo, assiste TV, dá gargalhadas de comerciais toscos, quando dá coragem fazem pipoca e o seu dia que era para ser o pior de todo, passa sendo um dos melhores da sua vida.
Você chorava por um garoto idiota, que não merece nem mesmo o seu sorriso, ai o seu melhor amigo que te faz sorrir você nem nota Não nota como ele te olha, não nota como o sorriso dele é sedutor, como o cabelo bagunçado dele dá certo charme ao visual nem um pouco moderno, não nota como sem querer querendo ele trisca na sua mão e quando seu cabelo cai sobre o rosto, ele tira.
Gestos simples de amizade, sua melhor amiga poderia fazer isso e você nem ligaria, mas sua melhor amiga não tem hormônios masculinos implorando por um beijo seu, ela não tem um perfume tão bom quanto o que o seu amigo usa.
E dias assim você vai juntando na cabeça e no coração, você ouve alguém comentar sobre: “como eles tem química”, ou “ele tá parecendo um bobo”, e você começa a notar as ações dele.
E por um tempo se afasta, com medo de estragar a amizade de vocês, dai os dias e as semanas passam.
O seu amigo anda triste pelos cantos do colégio, vocês se falam porque o grupo do começo do ano tem sempre que continuar, vocês falam um “oi”, quando passam um pelo outro, você não sabe, mas o seu amigo tá machucado, magoado e triste, e não é por causa de uma garota fútil, é por sua causa.
Você Olha da janela do seu quarto, ele saindo da casa dele, que é do outro lado da rua.
Ele olha para a direção da sua casa, mas não te vê.
Abaixa a cabeça e segue sozinho.
Isso te faz sentir uma culpa tão grande, você deita a cabeça no travesseiro e começa a pensar sobre porque isso foi acontecer, era tão perfeita a amizade.
Dai a sua melhor amiga te dá conselhos, e você ignora, quase um ano passou e você ainda não teve a coragem de ir lá e falar com ele.
É a última semana de aula, e você está menos confusa, venceu aquela barreira, e decidiu, é hoje.
No dia da formatura de vocês, você vê ele com outra, de mãos dadas e você reconhece essa outra, é a novata esquisita que você tinha medo.
Eles se olham ternamente e a inveja em você é grande.
Você continua olhando para eles, sorrisos, beijinhos, um casal quase perfeito para você, porque quem era para estar ali era você e não aquela estranha.
Você respira fundo e pensa “eu perdi, e agora foi para sempre” e ai tu volta para casa.