Eu ainda a amo.
Ainda não a esqueci.
Nos dias de hoje, isso soa como a assinatura de um atestado de fraqueza ou até algum tipo de derrota (como se fosse um jogo qualquer).
Mas, por outro lado, eu vejo como a conclusão de uma auto avaliação que envolve nossa história, e não há pecado nisso.
Ela continua a mesma desde que a conheci, ou seja, a mesma pela qual me apaixonei.
Me dá a mesma atenção de sempre, o mesmo sorriso (mudando a voz quando é de algo muito engraçado) e rindo das minhas babaquices rotineiras.
Ela não é gostosa, a beleza dela é pra quem a conhece E ninguém o faz melhor que eu.
Eu a machuquei.
Eu pisei feio na bola com ela e, quando isso aconteceu, foi aí que ela me afogou em seu amor.
Quando não merecia ser ouvido, olhado, perdoado e, muito menos, amado, ela continuou me incluindo em sua história e optou pelo perdão num beijo molhado por lágrimas.
E eu a fiz derramar muitas lágrimas.
Muitas de alegria, é verdade, mas não estava fazendo mais que minha obrigação, afinal onde encontraria outra como ela.
As de tristeza vi poucas e estas, por mais que não as tenha visto, me marcaram mais porque a marcaram mais e, por causa destas, meu nome está borrado em sua história.