Frases.Tube

Dizeres Pequenos para Amigas

Crônica
Quem sou
Em encontros com amigas, nos questionamos que tipo de mulher somos, a pergunta paira no ar, o silêncio, por um segundo responde: Sou moderna, sou antiga, sou meio termo, sou totalmente doidona O silêncio volta a falar e nos olhamos repetidamente, não era essa resposta que queríamos ouvir, queríamos ouvir respostas que nos ajudasse a definir nossas vidas, que dessem rumos a nossas dificuldades, que emoldurassem soluções e, como num piscar de olhos tivéssemos dentro de um quadro fixo onde nossa vida recebesse uma bela receita e pudéssemos segui la, repetidamente, sem tropeços, sem amarras, sem novelos de linhas embolados, onde a trama fica tão difícil que nós, ou jogamos todo o rolo de linha porta afora, ou seguimos cortando os nós cegos.
Após aquele momento,olhamos novamente e quase que mudas e com um sorriso amarelo, não conseguimos responder à pergunta; melhor reconhecer a dificuldade e seguir em frente, como um pedreiro que não consegue desenvolver a sua tarefa e entrega a obra.
Razoável penso.
A dúvida fica ainda maior quando nos olhamos e nos vemos no mesmo barco, com os braços cansados de remar e sem remo suficiente para conseguirmos navegar.
Por um momento me sinto fraca, com medo, sem atitude.
Em outros momentos, como aquele, me distraio olhando a roupa nova de minha querida amiga Lucíola, seus brincos novos e como o seu novo amor que a fez mais bonita, mais amável e bem mais feliz.
A fuga foi desnecessaria, quando estava novamente me escondendo, voltei a pergunta e me vi sem resposta: Será então que nada sou Será que me escondi tanto que sumi.
Que me estreitei junto a becos e situações inconformadas que maltrataram tanto o meu coração que já não sei tal definição, ou será que simplesmente entreguei meus pontos,simplesmente não tenho as respostas que o medo me dariam.
Tomei coragem, enchi o peito de dúvidas e reenviei a pergunta, desta vez mais agressivamente:
Vamos meninas que tipo de mulheres somos Vamos!
O silêncio passou a ser o anfitrião da reunião, ninguém se atreveu a definir.
Será que havíamos perdido a identidade
Será que não sabíamos mais quem éramos
Rosângela timidamente respondeu:
Eu sou Rosangela, sou morena, amo meu marido, amo meus filhos, meu filho está indo pro Canadá, meu filho vai se casar e ele também vai trabalhar lá, minha família é linda, apesar do filho único
Fiquei olhando minha linda amiga Rosangela definir como sendo ela a sua pequena família, fiquei assustada como em poucos segundos, definimos nossos filhos, nossos parceiros mas não nos definimos,definimos a nossa viagem em família, mas não definimos uma linda viagem sozinha, para fazermos novas amizades, olharmos nossas vidas com olhares de distância, curtir a solidão em companhia própria.
Entendi tristemente que algumas de nós havíamos perdido nossas identidades quando deixamos nossos direitos em prol nossas obrigações, nossos sonhos pelos sonhos familiares, nossas vontades mais ocultas, por um lar quente para que nossos filhos possam se sentir felizes pelo aconchego do lar.
Entendi que, muitas vezes, perdemos nossas respostas pela inutilidade de querer vivermos vidas que não são as nossas, decisões que nos dá prazer mas que dá aos nossos filhos desconforto, daí pensamos muito e chegamos a conclusão que nossos filhos ficariam mais felizes de um determinado jeito.
E que aquele jeito não seria o nosso.
E que o incômodo de nossas decisões aflora em nossa família a sina da culpada.
“Se eu não tivesse feito aquilo meus filhos estariam melhor” Balela! Nada é melhor que a atitude justa, nada é tão verdadeiro que o gosto de se falar um não sabendo que esse não é honesto e necessário.
O que mais me irritou foi que após pensar desta forma, não falei pra minhas amigas, não compartilhei com quem também estava tentando se reinventar.
Daí tristemente, olhei minhas amigas, levantei do banco em que eu estava me assentando e fortemente disse:
Eu consegui me definir:
Todas olharam para mim curiosas, e como uma pessoa que começava a andar novamente após ter as pernas amputadas,
Disse:
Eu sou a escolha, e a dúvida:
A escolha por minha família e a dúvida de que um dia eu morrerei de arrependimento por feito essa escolha.
Lupaganini

Aquela moça:
Sabe aquela moça solitária, quieta de poucas amigas, que não é de puxar o papo com todos, que quando puxam com ela, saem dizendo que é reservada, ou até mesmo que é sistemática.
Então
Ela luta todos os dias para abrir os olhos, luta para mudar os passos, luta contra seu próprio eu.
Ninguém conhece a sua história, ninguém sabe das suas noites em claro.
Ninguém, só ela
É que o tempo a fez ver, que nem todos merecem conhecer sua história e que muitos só estão curiosos.
Hoje ela prefere conversar com ela mesma e Deus é seu único aliado.
E isso foi bom, hoje nada a afeta.
Ela percebeu que cresceu, quando não sentiu nada, por falarem do seu corpo.
Aprendeu que sempre terá alguém que não se ama o suficiente e vai procurar defeitos na outra pessoa.
Se está magra demais, vão falar, se ganhou peso, vão falar, se envelheceu, vão falar.
Mas hoje ela aprendeu a se amar e está bem consigo mesma.
Hoje ela é só dela e vive no seu mundinho onde se aceita.
E seu amor por si, a transformou numa ótima versão, aprendeu a enxergar cada marca no seu corpo, como um aprendizado.
Aprendeu que a vida passa, que a idade chega para todos que estão vivos e que agradecer faz parte.
E você
Você, não conhece nem metade da sua história, nem tudo que suportou pra chegar até aqui.
Então se não sabe o que dizer, não diga nada.
Ninguém pode dizer onde ela deve estar, nem como se vestir, muito menos como deve ser.
Ela é dona de si, não deve se limitar para ser quem você quer que ela seja, ela é dona do seu próprio vôo.
Essa moça aprendeu, que não existe padrão para se encaixar, seu padrão ela mesma que faz.
E a cura, são os olhos dos outros que precisam, porque ela se curou desse mal da nação.
Quer falar, fale, mas fique tranquila, ela não vai ouvir mais com seu coração.
Seu amor a fez crescer e até o seu olhar está diferente.
Como eu disse antes, hoje ela é só dela, demais ninguém!
#Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados em 01/02/2019 às 17:30

DUAS AMIGAS, AMOR E TALVEZ UM CHEVETTE
Ei amiga, a banda vai tocar hoje à noite e não vamos perder isso por nada.
1 – é de lei quando um namoro longo acaba, cantor é sempre o ideal para secar ou prolongar as lágrimas
2 – serei única e exclusiva sua.
Você não vai se preocupar, mas já está tudo ok com o André.
Nós vamos para o show e, ele vai ficar na casa de uns amigos jogando vídeo game.
Não vou proibir teu choro quando a música tocar, mas se controla que vou tentar ser a melhor que posso agora.
E o melhor de mim, você sabe, talvez não esteja muito disposta a lembrar.
Bem, para começar temos show country.
Entre as ruas, vamos ver alguém divertido e isso vai nos atrair.
Não vou te garantir uma sequência de diversões, cronometradas e organizadas, mas posso te garantir um fusca ou um chevette.
É o mais louco que podemos fazer e que posso fazer por você sem ninguém saber e pra ser sincera será um pouco complicado encontrar isso, portanto, saltos bem confortáveis e bonitas, porque as ruas de um país desconhecido merecem nossos belos pés nele.
Tudo bem que você está se considerando sem sorte, tenho até trilha sonora para isso, e acho que não é uma boa ideia te mostrar a parte triste disso, porque venho guardando ela pra minha vez.
Não mesmo! Sem olhares alheios para qualquer um que não seja eu e você.
As possibilidades de reconciliação são 80%, então irei te segurar o máximo que puder, talvez saiba que em uma conversa entre vocês dois, um vai pedir “sem segredos” e você vai contar a verdade e, vai estragar tudo.
Amiga, você não estraga nada, mas neste momento, não mente vai, mas omite um pouco.
Tem várias coisas para fazer ainda e eu espero de fato, que o cartão não dê trabalho.