Escrever silêncios,
registrar dias e noites,
tempestades e calmarias
amores e desencontros
descrever o inexprimível.
Concretizar delírios em realidades
apagar sois e esperanças.
Poderia ser Rimbaud
ou Vinicius de Morais
Paul Verlaine ou Neruda
mas sou sou poeta.
Só uma mente que exerga o óbvio, não consegui navegar entre a tempestade e a calmaria, a matriz que vivemos fabrica seres autômatos, que não percebe a mecânica que está além dos significados.
❝ Gostaria de ser calmaria, em dias de
chuva, mas sou furacão em dias de
tempestade.
Não nasci para ser aro ires
e sim uma flor num abismo Nem todos
tem a coragem de alcançar me ❞
Furacão
Ela é o que é,
Um furacão na calmaria e,
na calmaria um furacão.
Suas palavras soam como
se fosse um vendaval,
seus pensamentos são tempestades,
sua face tranquilidade.
Como pode tudo isso em
um único ser humano sem graça,
sem raça, sem nada!
A brisa, aragem é um menear de folhas para lá e cá; o vento é um manejar de tempestades e calmarias.
Um Araquém dá vida na fuligem do campo florestal.
Não és um elemento químico, mas o vestígio de um pássaro.