Eu vejo o sol nascer no mar, você se preocupa em não molhar os pés.
Quando eu não durmo, é quando você sonha loucuras sobre nós dois.
Quando sinto teu gosto na minha boca, você pede economia nos clichês.
Se não quero parecer patético, você se diz um poema apaixonado.
Não há como percorrer o caminho certo ou adequado, pois aquilo era novo, sem comparativos.
Tudo bem, acreditei tantas vezes e minhas preces e anseios não vingaram, mas agora eram outras pessoas na história.
Você, eu.
Outro enredo, outra trilha.
Se você deixasse tudo de lado, por cinco minutos, e escutasse tudo que meus olhos têm a te dizer, eu diria tudo em silêncio, sem precisar falar.
Um amor que nasceu, mas nunca viveu.
Um amor que aconteceu, mas não foi ocupado.
Daquelas comédias românticas que ninguém tem tempo de rir, pois já começa pelo final.
Os amores mais bonitos são aqueles que nunca foram usados.
Me conheço, se entrego tudo logo de cara, desenvolvo aqueles sintomas clássicos: os ruídos no estômago vazio esperando pra ver se vai mesmo ligar, em quanto tempo, se doze horas ou treze dias depois, e o que essa quantidade de tempo pode querer me dizer.