As mulheres amam, se entregam, se dividem, acreditam, esperam.
Possuem um amor infinito E outras coisas infinitas Que mal cabem dentro delas.
Tão frágeis e sensíveis.
Tão lobas e famintas.
Ás vezes precisamos olhar para dentro de nós, achar nosso centro, nossa essência que se perde ante as superficialidades, futilidades e medos do cotidiano.
A ansiedade nos afasta de nós mesmos, nos afasta do real, do hoje.
Não quero o amanhã, quero o hoje, o agora.
O eterno agora!
Ah meu bem, eu sou o que sou, mas finjo também.
É preciso mistério e provocação, mostrar o que se deve e ocultar o que não.
Sou uma mulher incomum sim, mas veja que o comum está contido no in.
Há dias que serei cinza e em outros carmim.
A luz e a sombra estão em mim, preste atenção aos ponteiros do relógio, as estações do ano e nas fases da lua.
Saberás quando serei minha e quando serei tua.
Saberás quão forte brilha meu sol e sorriso, terás o calor, o corpo e o amor na medida que abrir seus olhos ao sutil.
O ponteiro na hora certa faz trepidar meu relógio, faz eu despertar ecoando o canto das sereias e faz eu te conduzir a lugares nunca antes revelados.
Meu corpo é um relógio, uma bomba, uma rosa.
Cultive o amor como cultivas uma rosa.
É preciso paixão e maestria, paciência e ousadia.
A rotina morna mata lentamente e minhas queixas virarão prosa.
Eu sou da terra, do fogo, da água e do ar.
Sou de antes e de agora.
Sou flor e espinho.
Sou a água, sou o vinho.
Simples Sagrada.
Sempre Mulher.