Sou um monte intransponível no meu próprio caminho.
Mas às vezes por uma palavra tua ou por uma palavra lida, de repente tudo se esclarece.
Eu já começara a adivinhar que ele me escolhera para eu sofrer, às vezes adivinho.
Mas, adivinhando mesmo, às vezes aceito: como se quem quer me fazer sofrer esteja precisando danadamente que eu sofra.
O medo sempre me guiou para o que eu quero.
E porque eu quero, temo.
Muitas vezes foi o medo que me tomou pela mão e me levou.
O medo me leva ao perigo.
E tudo o que eu amo é arriscado.
Sabe o que eu quero de verdade Jamais perder a sensibilidade, mesmo que às vezes ela arranhe um pouco a alma.
Porque sem ela não poderia sentir a mim mesma
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir, de entrar em contato
Ou toca, ou não toca.