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Cartas

Em meio a necessidade nacional de um plano de carência extrema e extraordinária, venho eu por meio dessa missiva proclamar a imediata intervenção Brasileira Militar e com nobre anseio patriota o faço com fulgor nacionalista voraz e intransigente.
A primeira ação a ser tomada de imediato é a integração de todos os ministérios a entrada e saída de todos os funcionários, cargos, delegação e posto de cada operário público; tudo deve ser computado e plotado em primeira instância de prioridade; em conclave elucidativo, toda a carga funcional de trabalho e informação deve ser por completo examinada a princípio em caráter pré conjeturado de forma a absorver por completo a situação presente em concurso.
Segunda medida ordinária: Todo o sistema funcional do congresso deverá ser conferido e verificado diretamente por milicos em cargos e patentes presumidas a logísticas compatíveis com cada função, tanto ao secretariado quanto adjuntos do poder de forma a assimilar cada ato trabalhista; quanto supervisionar em primeira pessoa todos os setores funcionais da caserna, computando e arquivando procederes, previsões e estatísticas; sendo em primeira instância acolhido o quesito adjunto, com trabalho estadista militar em conjunto ao previsto presente e atual legado funcional da casa.
Terceira questão e de verossímil primordialidade: Ao palácio do Planalto terá no seu ato dirigente preposto um oficial do alto comando com apreço de generalato estruturado no quesito de comando com excelência o qual delegará as ordenanças que colherão com precisão os atos e afazeres de todos os civis e militares adjuntos dos seus cargos, os civis por sua vez colocarão lhes a par de toda a situação corrente e atos vigentes postergados pelo sistema.
Tal questão está a mim cabível trilhar com extrema intendência desde atos iniciais quanto posteriores no abraço à evolução a mim prevista; quanto também a milhares de civis que ao rogar ávido da massiva erupção populacional, amantes do dever cívico, população esta a qual é fundada de patriotas adeptos ao crescimento do Brasil na sua maioria; não só na questão prevista de organização porem; económica, social, patrimonial, existencial; mas na questão prática da proteção advinda do ato interventivo de maior credibilidade na qual poderão se firmar nos seus anseios e esperanças.
Ass: Isaque de Castro Ferreira (Consultor Militar), vulgo: Isaacks Kastersky
Brasília 29 de maio de 2018

CARTA PARA QUEM EU TANTO AMEI
Sabe, quando eu olho um casal de namorados que estão no seu primeiro namoro ou não necessariamente precisam ser namorados e os vejo muito apaixonados, eu fico pensando: "que pena eles terem se conhecido agora, poderia ter se conhecido um pouco mais na frente e maduros, todo esse amor, vai ser esmagado pela inexperiência, imaturidade e vontade de viver coisas novas".
Isso talvez tenha acontecido com a gente.
E eu penso porque eu te amei tanto que eu chegava a não gostar do que eu sentia.
Eu sei que pode parecer bobo, mas eu fiz planos, alguns tão absurdos que eu nem te contava, guardava comigo, para dizer em um momento exato.
No começo, quando você chegava, eu ia embora, não meu corpo, mas o meu eu normal, meu corpo estava ali, mas o que eu fazia, o que eu falava, era tudo diferente de quando você não estava.
Então chegamos ao ponto em que você sabia quando eu estava com raiva até pela resposta que eu dava ao seu "bom dia" no whatsapp.
E eu não sou aquela pessoa dos meus quinze anos que acredita em tudo que dizem.
Às vezes eu não acredito nem em tudo que demonstram, que fazem e que eu vejo.
Tem gente que faz tanta coisa e não sabe nem porque está fazendo e nos magoa, você sabe.
No entanto, eu acreditei, eu me doei, fui de peito aberto, me deixei vulnerável, baixei a guarda, permiti você entrar, você me fez não sentir medo de estar ali, pela primeira vez, eu senti que era diferente.
Mas que nada, mais tarde, o encanto mais uma vez quebrado, o quadro com nossa foto virou estilhaço, meu coração também.
Eu sangrei pela alma, escorreu por toda a sala, hoje eu nem sei bem o que fomos.
Mas eu te amei tanto que me pergunto como foi possível, e às vezes, quando não estou me policiando e penso em nós, ainda acho que amo.
Só que finjo pra mim mesma que não.
É uma possível verdade que escondo até de mim.
(Lua Teles Pacheco)