Conquistar não é conquistar se.
Muitos conquistam o ouro da Terra
e adquirem a miséria espiritual.
Muitos conquistam a beleza corpórea
e acabam no envilecimento da alma.
Muitos conquistam o poder humano
e perdem a paz de si mesmos.
Necessário que o espírito se acrisole na
experiência e na luta, valendo se delas
para modelar o caráter,
senhoreando a própria vida.
Para possuirmos algo com acerto e
segurança, é indispensável não sejamos
possuídos pelas forças deprimentes que
nos inclinam sentimento e raciocínio
aos desequilíbrios da sombra.
Indubitavelmente, todos podemos
usufruir os patrimônios terrestres,
nesse ou naquele setor do cotidiano,
mas é preciso caminhar com
sabedoria para que o abuso não nos
infelicite a existência.
É por isso que sofrimento e dificuldade,
obstáculo e provação constituem para
nós preciosos recursos de superação
e engrandecimento.
Todos os valores externos concedidos à
personalidade, em trânsito no mundo,
são posses precárias que a enfermidade
e a morte arrancam de improviso,
mas todos os valores que entesouramos
no próprio ser representam posses
eternas que brilharão conosco,
aqui e além, hoje e amanhã
Na esfera espiritual, cada criatura é
aproveitada na posição em que se
coloca e somente aqueles que
conquistaram a si mesmos,
nos reiterados labores da educação,
através do suor ou da lágrima,
do trabalho ou da renúncia, são capazes
de cooperar na extensão do amor e da luz,
cujo crescimento na Terra exige,
invariavelmente, o coração e o cérebro,
as ações e as atitudes daqueles que
aprenderam na lei do próprio sacrifício
a conquista da vida imperecível.
Reflete naquilo que te falam,
antes de te entregares
psicologicamente ao que se te diga