E desculpa, vó.
Desculpa por não ter passado mais tempo contigo.
Desculpa por não gostar de sopa.
Desculpa por não comer feijão.
Desculpa por eu estar longe agora, por contingências da vida, vida que nos ensinaste, pela tua, a valorizar e construir.
Que bom poder formar uma roda para ouvir com atenção os sábios conselhos,
as palavras fartas, indicadoras de novos horizontes em nossa vida.
Queremos tocar e sentir a energia que suas abençoadas mãos transmitem, e hoje, embora trêmulas, ainda semeiam os frutos da experiência de vida.
Ser conduzida, pelas mãos da vovó alegre e tão carinhosa, à água tão morninha do meu primeiro banho de banheira no meu aconchegante lar.
À espera desse dia, você ficou tricotando com muito amor.
Alinhava teus sonhos e pedia a Deus nosso Senhor que esse dia chegasse, como agora chegou! Parabéns vovó!
Ela cuidou de mim desde criancinha.
Carrego no peito, com alegria, essa velhinha que motiva.
Eu faço com orgulho, jamais poderei deixar furo pois é ela quem me guia.