A poesia dos dias sem sol.
A melancolia das nossas dores de estimação.
A fé indômita nas coisas que não possuímos ou vemos.
A indulgência aos nossos próprios crimes.
E ao paradoxo humano que ora nos santifica, ora nos dignifica ao fogo.
Até os maus regozijam se ao exercer um ato de gentileza.
Ser gentil é tão implacável que torna nos plumas, em meio a ventos brandos, não importa a ferocidade da tempestade que nos permeia.
Existem dias, que as palavras precisam ficar em mim, trancadas!
Do contrário, o explícito seria catastrófico e irremediável.
Quando descobri que os acontecimentos de agora, explicavam e muito, os que, outrora me pareciam insolúveis, pude sentir a paz que eu mesma me roubara.
A maturidade me trouxe menos pressa, mais tolerância.
Me clareou olhares com menos ilusões, mais força perante as decepções, e principalmente a certeza de que, por mais pesada que seja uma situação, essa também passará!
Ao livrarmo nos de julgamentos desnecessários, de nós mesmos e dos outros, passamos a viver com o que, de fato, nos é vital.
A tolerância e o amor.