De repente ao fitar a minha volta percebo o vazio,
um vazio que criei em mim mesmo, mas que despertou minha atenção.
Colocaram em cheque as minhas certezas, abalaram meus locais de abrigo e aos poucos sem que eu percebesse me deixaram sozinho e vazio.
Perdi o meu cantar, pois a força que havia em mim para lançar minha voz ao mundo está presa à uma possível paixão que não tenho.
Quiçá terei um dia quiçá terá ela realmente existido.
Me perco em meio as palavras e torna se difícil edificar um poema, pois minha inspiração habita a mesma prisão do meu cantar.
Volto o meu olhar a mim mesmo e nada vejo a não ser a minha própria ausência.