A representação do mundo é obra dos homens; eles o descrevem a partir de seu próprio ponto de vista.
Eu sou incapaz de conceber o infinito, e ainda assim eu não aceito a finitude.
Eu quero que esta aventura que é o contexto da minha vida continue sem fim.
Ainda estava em tempo: poderia, ainda, encostar a sua face à dele, dizer lhe, em voz alta, as palavras que lhe afloravam aos lábios.
Mesmo com toda libertação feminina essa grande "paciência" que nos caracteriza não deve nunca acabar.
É uma riqueza de infinitos alcances que aumenta os poderes de paz do Universo.
Sou inteligente, exigente e engenhosa demais para alguém ser capaz de se encarregar completamente de mim.
Ninguém me conhece nem me ama completamente.
Só tenho a mim.
A arbitrariedade das ordens e das proibições com as quais me confrontava denunciava lhes a inconsistência.
Levando minhas repugnâncias até o vômito, meus desejos até a obsessão, um abismo separava as coisas de que gostava das de que não gostava.
Nada nos limitava, nada nos definia, nada nos sujeitava; nossas ligações com o mundo, nós é que as criávamos; a liberdade era nossa própria substância.
Isso é o que caracteriza fundamentalmente a mulher: ela é o Outro dentro de uma totalidade cujos dois termos são necessários um ao outro.
Diante de si, o homem encontra a Natureza, tem possibilidade de dominá la e tenta apropriar se dela.
Mas ela não pode satisfazê lo.
( ) Ele só a possui, consumindo a, isto é, destruindo a.
Nesses dois casos, ele continua só.