AMAZÔNIA
UM GRITO DE MISERICÓRDIA
Oh! Quanto sinto, olhos em prantos
Meu penar chora por ti
Pois a muito tempo ti encontravas sossegada
Mesmo antes, depois nasci.
Correm rios, verdes matas
E teu seio é um enorme abrigo
De bichos, pássaros e insetos
Abençoada sois tú, eu digo.
Presente anônimo entregado ao mundo
Que o bom Senhor nos fez
E não disse somente a alguns
Tomem! Que é de vocês.
Mas o tempo eu sei que muda
E nós mudamos também
Por que para o lado errado
Se isto não nos convém.
Desmatamento em ti fazem
Choram! Mas é tudo em vão
Como suportar pode o extenso solo
Assolado pela erosão!
Entristecido me despeço
Minhas palavras aqui ficam
Homens importantes falam em tua defesa
Apenas falam! Mas não praticam.
Eu, simples criatura e sem voz nenhuma
Me sinto pregado na cruz
Mas peço mesmo em voz baixa
Que nos perdoe, JESUS!