a vida as vezes é rasa
é rara e cheia de garras
mas se amava
Do eco de passos rasos
consolados pela calçada
ainda úmida da fria neblina
que adora o seu passar
dos rotos pensantes
dissidentes de vaidades
dos amantes inebriados de querer
emersos nas conquistas diárias
dos minuciosos desejos
dos passantes e seus olhares perdidos
cheio de sonhos, untados de lágrimas.
dos mágicos cantares
que me desmonta
traçando o arquipélago lunar
não deixo de amar em vão.