Quilo feito.
Tarde aberta.
O sol me envolve
com seus dedos de fogo.
Só mesmo uma cerveja
pra esfriar o sopro do inferno.
Fincar é bão!
Nesse friozinho.
Devagar, com carinho.
Olhares de carneiro,
profundos,
penetrantes.
O tempo não existe.
Olho pras coxas
mas paro mesmo
nos olhares
É triste numa noite
com um ror de gentes
encontrar apenas
um ou dois sorrisos
com neurônios
Há quem diga que na cama
isso não faz diferença.
Vou tocando a lida,
seguindo a vida.
O gado tem de comer e eu
empurro minhas tristezas
pra debaixo do tapete dos dias.
Já é quase nada.
Amanhã esqueço.
Na vida não há saída,
mas sempre haverá
uma saideira.
Daqui irei tomar a primeira
das últimas
no bar da Nega.
Você diz algures
e a pessoa acaba por entender
alhures.
E a vida ensina
que é preciso um pouco de zen
para saber usar o arco