A vida caminha precipitadamente.
Perseguimos alguns esquemas flutuantes ou somos perseguidos por algum medo ou autoridade atrás de nós.
Mas, se, de repente, encontramos um amigo, paramos; o nosso calor e a nossa pressa se tornam ridículos.
Ora a pausa, ora o domínio são necessários e também a força para encher o momento dos eflúvios do coração.
O momento é tudo, em todas as relações nobres.
Uma pessoa divina é a profecia do espírito; um amigo é a esperança do coração.
A nossa ventura espera pela concretização destas duas em uma.
Os séculos estão a dilatar essa força moral.
Toda a força é a sombra ou o símbolo daquela.
A poesia é alegre e forte quando extrai nessa fonte a sua inspiração.
Os homens só inscrevem os seus nomes no mundo quando estão cheios deste.
A história tem sido ignóbil; as nossas nações têm sido a gentalha; nunca vimos um homem: essa forma divina que ainda não conhecemos, mas apenas o sonho e a profecia de tal; não conhecemos os modos majestosos que lhe são peculiares e que acalmam e exaltam o observador.
Um dia veremos que a energia mais particular é a mais pública, que a qualidade afina com a quantidade e a grandeza de carácter atua na sombra e socorre aos que nunca a viram.
O que de grandeza já apareceu são os princípios e estímulos para que prossigamos nesse sentido.