O que leva a gente a escrever o primeiro livro Não sei.
( ) O que tinha lido de literatura sobre seca não era satisfatório para mim e quis dar uma espécie de testemunho.
E, com essa petulância da juventude, eu me meti a escrever o romance.
A cadeia parecia não mudar nunca, como uma coisa morta; e quem estava lá se esquecia da conta dos dias e das horas, que acabavam se embaralhando todas quando se tentava classificar alguma lembrança.
Não é preciso pressa na literatura.
Um romance é como gravidez: aquilo fica dentro de você, crescendo, incomodando, até sair.
Gosto de televisão, acho televisão, como todo mundo – não sou idiota – um instrumento mágico, maravilhoso, etc e tal; agora, em geral mal empregado.
( ) E se não fosse uma raiz de mucunã arrancada aqui e além, ou alguma batata branca que a seca ensina a comer, teriam ficado todos pelo caminho, nessas estradas de barro ruivo, semeado de pedras, por onde eles trotavam trôpegos se arrastando e gemendo