DE QUÊ TRILHAS Eu canso ao cansaço de quem me diz que no fim há de ter direção.Meu espaço que te libertou agora tenta escravisar quem nasceu na escravidão.Não tive liberdade mas tenho saudade daquela escuridão;Onde os atos são consumados pelas grades que me tiram a razão.Me afogo talvez, porque não tenho como respirarTua questão é seu coração Minha razão corrompe o avesso do que sinto do que tive ao passado.Porque quando há sentimento é o que foi para quando é de fato,Não o sentimento que neste exato momento esquece quanto era o acaso,Mas neste caso, que pensei que poderia contar com você,Não no que faz.Mas, o que poderia me fazer crescer.Talvez respiro o que me afoga! Eduardo Pinter02102013
RaroNada fala,apenaspara e repara;que o tempo é curto,e a voz atrapalha.Olha,sinta o agora,o amanhãjá é outra cor,e vai embora Entenda,seja a folhajogada ao vento.Que o muito é pouco,quando o amor é o momento.Então me beija,com toda a alma infinda.Apenas beija,que a vida assim é rara,e o amor, mais raro ainda (Dinho Kamers)
PÓS ATOQual a conseqüência do beijo Algo imensurável,Plausível,Desejável Toque de dois sentimentos,Sutil,Entrelaçado,Que se algemam em paixãomutua,Constante,irreparável.Singultos ritmados,Arrepios frementes.Afagos,Desabafos.Nada disso,Apenas bocas entorpecidasNum cândido frenesi JRicardo de Matos Pereira
SENSATEZ QUE SE TEMEduardo PinterMeu jeito é meu estado de espírito por isso muitas vezes pareço indeciso e apesar de todo o meu sacrifício ainda não encontrei o meu destino Muitas vezes eu desisto porque parar é fácil demais mas ao final eu sempre insisto porque sei que sou capaz O frio é o calor da alma que se despede a noite é a luz do espírito que se liberta o sono é o caminho de volta pra casa o dia é um jardim cinzento que maltrata mas te faz crescer Às vezes, a estupidez é a sensatez que se tem.
DE CORPO E ALMAletra: Marilda dos SantosNoite de luaNoite sozinhaNas paredes do meu quartoFico a imaginar:Sei que estás longeQue em breve vais voltarDe corpo e alma pra me amarDe amores intrigantesDe passados distantesVênus e Marte sempre serão grandes amantesNão me condenePelo meu mundo sem açãoO que importaSe estou presa a este mundo Se é nesse mundoQue eu sei te amar loucamente! Quando te criticoPor fazer o que vem na cabeçaNão é por mauE sim um modo de te protegerE também medo de te perder(28 Dez 1993)Marilda dos Santos
ClamorRenatonova 15 outubro 2012No silêncio das trevas ofuscantesPalpita, dilacerante um coraçãoAfligido por amores decepcionantesDespedaçado por amarguras e ingratidãoNas trevas da dor agonizanteRessecado estão os lábios já sem corAs palavras não surgem neste instanteVazia está a mente deste sofredorNeste reino de terror sufocanteOlhos vermelhos não encontram a saídaA alma tão pequena e sofridaClama pela morte com a um salvador.Renato Nova
"RARO"Renato Nova & Eduardo Pinter dezembro/2002Em meu sorriso a te cegarpor ser raro um eu felizé como esperar a tempestade chegarinesperada, breve, porém tardia e eu no meu canto, sóé só um canto sóquem diria! ! Eu chorar ! !!! Lágrimas se ocultama chuva vai passarporém suas marcas permanecerãoFeliz espero um amanhãonde será raro acordaronde será raro choraronde será raro amanheceronde será raro sofrere feliz espero um novo anoiteceronde é fácil sorrironde é fácil sonharonde é fácil respiraronde é fácil morrerE com a noite ______ A tempestadesaudade, vida e morteum tempo que hei de existir Renato Nova e Eduardo Pinter
MULHERMotivo de toda existência da humanidadeUltrapassa barreiras que nenhum outro é capazLapida seu nome na história por sua capacidadeHumaniza sentimentos cristalizando sempre a pazEterniza o equilíbrio aos filhos bem amadosRepousa ternuras almejando tudo o que é sagradoEduardo Pinter 08 Mar 2014
Mergulho nas lembrançasRenatonova fevereiro 2014Ao findar mais um dia de inútil labutaRetorno ao que chamo de lar, talvez por mera conveniênciaOcultando com tortos sorrisos, o pesar da vidaTentando ser o que já não sou mais Afogando em um copo de alguma bebida barataO que sobrou da minha alma extorquidaOlhando o sol no seu poente, nada tenho a dizer! Nos olhos distantes as lembrançasDos tempos, das pessoas, de tudo que já me foi importante! Sinto o peso da saudade esmagando o presenteA suave brisa do destino envolver meu rostoO mundo parece parar neste instante.A noite surge com passos lânguidos,As Luzes da cidade surgem feito vaga lumes enfurecidosQue tentam sem êxito afastar a escuridãoBaixo os olhos, contemplo o nada! Me sinto exausto com essa imensa jornadaRepleta de tristezas e de sonhos esquecidos.Renato Nova
Muitos caminhos turvos racionalizam a inquietude distanteDa solidão persistente em tempos de baixa estima.Remotamente haviam disfarces em máscaras de sorrisosPorém, a sobriedade da embriaguês aglutina perdidos olhosQue se escurecem sem aviso prévio desabando qualquer fortalezaNa imensidão de um vazio que corroe e se faz entristecer.Não queria que fosse assim! Mas a persistência da doença cultivada em velhas existênciasSe faz melhor se a distância for feita sem contaminaçãoÀqueles que almejamos na torre do respeito.Não é algo que se faz entender com presença.Talvez, nem mesmo com palavras.Mas ao fundo do poço é sabido que só há um caminho:Adiante há possibilidades;Estacionado as mesmas probabilidades.Em estações assim é difícil definir qual caminho seguir.Eduardo Pinter16 nov.13
NOTURNOSSuavizei teu nome em tempos de jardinsEnquanto teus tempos queriam me esvairE incluir em sonhos do que tentava serEm repousos noturnosQue escapavam de seres infelizesE nas terças de terços intensosDe vinhos baratos, de copos pequenosA gente se abraçavaE sorria da tristezaTransformando conhaques em fluídos ardentes (eduardo pinter 24 mai 1998)
Incógnitade: José Ricardo de Matos PereiraSempre quando o vulto do desejo paralisa alguns sentidos,quando a seiva afoga na face a pretensão, e,o, sentir escorrer pela pele saberás que ainda penso em ti,que sua voz açoita, a solidão eteu sorriso me faz abrir os olhos para um novo dia Te amo em devaneios Te amo acordado Te amo apenas por existir:fagulhas de meu sentimento O verbo amar me consumir !
ESTRANHO ARREDIOOriundo de mazelas a virtude é ficar de pé,De cabeça erguida e de forças para continuar.Pois nem o bem e muito menos o mauSão decorrentes de estacas que vieram para nos fincar;E sim para mantermos o equilíbrioE saber quando temos que recuarE principalmente quando temos de fechar os olhosE dizer: “seja o que Deus quiser”.E sem olhar para traz seguir a nossa intuiçãoPois, ela é um aviso de uma lembrança remotaQue nos quer o bem.E se cairmos levantamo nos.Se nos derrubarem levantamo nos.E fazemo lo com toda a energia que possuímosPois, ao final, as mazelas estarão ao chãoE nosso orgulho de pé.Eduardo Pinter10 Mar 2014
O Bem Te Vi E no meiodaquela floresta,do pouco verdeque ainda resta,um bem te viespiáva me.E eu,observando,tentando me esconder Enquanto ele,meio que brincando,à sorrirparecia me dizer:bem te vi! bem te vi! (Dinho Kamers)
NAS SOMBRAS DA SOLIDÃOSolidão não tem explicaçãoTalvez seja um vazio dentro de nósDiferente seja à noiteE a gente sóOuço então um sino ao longeA chuva cai e banha meus olhosBusco então me conterE não sofrerEntre a chuva e um sorrisoProcuro ver além dos espaçosUma fuga, uma razão,Para viverVago em sombras de meus pesadelosConfundo então meus sentimentosE me condeno, sem querer,A solidão escrita por Eduardo Pinter, Hilton Custodio Alves Junior e Renato Nova.não recordo a data.