O amor é o preceito; a correspondência, a obrigação; o amar, império; o ser amado, obediência.
Pouco conhece a riqueza da saúde, quem cuida que por algum preço pode ser cara, quanto mais caríssima.
A primeira coisa que morre em o homem é a língua e a última coisa que lhe acaba é o coração.Será talvez porque a língua é que viveu mais desunida e por isso mais solta.O coração morre com menos pressa, porque todo o sangue se une para sua defesa.
Muito à pressa vive o que tudo quer lograr de uma só vez.
Prudência é o saber acomodar, para melhor luzir e viver.
Os outros lugares, quanto mais altos, tanto menos segurança têm, e a sua mesma altura é o prognóstico certo da sua ruína.
Necessário é logo que haja prémios, para que haja soldados.
Assim como a obediência é o compêndio e união de todas as virtudes, assim a desobediência é o dispêndio e destruição de todas.
Dizem que temos valor (os portugueses), mas que nos falta dinheiro e união; e todos nos prognosticam os fados que naturalmente se seguem destas infelizes premissas.
O amor essencialmente é união, e quanto mais une ou procura unir os que se amam, tanto maiores efeitos tem, e tanto maiores afectos mostra de amor.
O amor essencialmente é união e a união não pode unir um extremo, sem que una também o outro.
Maior a utilidade que podemos e devemos tirar do conhecimento das coisas futuras, que da notícia das passadas.
A vaidade entre os vícios é o pescador mais astuto, e que mais facilmente engana os homens.
Como é necessária a vigilância na guerra, é também preciso maior cuidado na paz.
A vitória tanto menos vale, quanto mais custa.
