Neusa Marilda Mucci poetisa

Não sou de dar murro em faca,
só que as vezes falo demais,
mas não dou uma de fraca,
assumir o que falo, sou capaz!

Ah vou suspirar com a brisa
por ela te mandar um recado
num beijo com perfume de flor
que de meu coração foi exalado

Noite de inverno,
aconchegue o coração,
numa doce e linda prece
pedindo por todos os irmãos,
descanse sua noite em paz,
sob as bençãos do Senhor

Não gosto de mi, mi,mi
palavras dos sem noção
vivo o agora e aqui
só ouço o meu coração

Há muitas penas
que voam sem rumo,
caindo sem pena em ruas
e por cima de muros
Assim as palavras
que ferem, são,
quando em calúnias,
lábios bífidos
as dizem sem noção

Que tua noite seja de paz
como de paz é o silêncio das estrelas,
que Deus te conceda bom sono
e nos sonhos possas colhê las

Nenhuma poesia é rala,
rala é a mente que
ao ler não absorve
a imensa paz que dela irradia
ou o sentimento maior,
o amor que em todos os versos
faz em entrelinhas ou não
a sua excelsa moradia

Entre o céu e a terra sempre haverá um novo amanhecer, um lindo crepúsculo e novas esperanças.

Há sim uma certa magia
que num suave pulsar
de notas trazidas
por uma brisa perfumada
faz tudo exalar em
poesia
Hay una cierta magia
Qué una pulsación suave
de notas
para una brisa fragante
y se ventile todo en
poesía

Beijos são a música da alma que executam notas de amor na pauta de outros lábios

Passando como nuvem
sem destino,
em devaneios vagando
pelo ar
Apenas em leveza,
a vida levando,
também deixando a vida
me levar
No coração,
sentimentos, palavras, melodia,
ecos que soam
gritos alegres ou nostalgia,
mas com certeza,
compondo o que percebe
em poesia

Não chore o momento de um adeus,
ele faz parte inseparável da vida,
ela traz e leva tudo de repente
e transforma o que deseja em despedida

Não pise nas pétalas
das rosas já martirizadas,
pois elas mesmo jogadas pelo chão,
ainda tem vida e algum perfume, oferecendo o, num último langor,
o que sempre fizeram quando no jardim
eram as rainhas da beleza,
enfeitando tudo com ternura e amor

Tantas coisas, tantos risos e lágrimas,
chuvas e primaveras
nesse tempo que é a vida,
mas deixamos sempre
muitas coisas para depois,
sabendo que,
segundo a segundo,
algo em nós
certamente morre,
e como dói

Nunca zombes dos outros
perdoe se possível os erros alheios
ninguém neste mundo é perfeito
somos feitos do mesmo barro e anseios