Saudade é um bichinho que vai e vem sem parar dentro do peito e ali faz cócegas, faz sorrir e chorar.
Traz perguntas sem respostas, faz um fardo ser carregado no coração e muito mais pesado que este, mas seguimos porque ao mesmo tempo ela nos dá força para isso.
Saudade é um violino preso no peito, vibrando as cordas numa canção que sufoca, mas a queremos tocar e reviver em cada nota o que se passou no palco de nossa vida.
No tempo mar,
tempo ancoradouro,
tempo marola,
maré de saudade
você
Tempo jardim,
tempo flor,
tempo rosa, espinho,
perfume jasmim
amor
Saudade é canção enclausurada no peito, sufocando e ao mesmo tempo querendo gritar, procurando oxigênio para que algo que tenha sido bom possa voltar.
Saudade é o espaço entre a mente, o olhar e o coração que tatuaram em si, o que a vida ofertou no passado, quer tenha sido bom ou nem tanto.
Passam rápidas as horas,
nos dias que seguem as estações,
todos levam de nós um pedaço
marcando saudade no coração
Vento, vento, de onde vens
estás sempre ao meu redor,
que segredos trazes em teus lamentos,
seriam saudade de algum amor,
ou canseira de viver tanto ao relento,
arrastando folhas e mágoas
de quem te percebe e dá valor
Chuva, preciso de ti,
sou natureza, quase sequei,
até agora aos trancos, sobrevivi,
mas do amanhã já não sei
A natureza é nossa segunda mãe, precisamos respeitá la pois nos dá o alimento, água e ar.
Ela quando quer nos ensinar a obedecer, mostra a sua força.
Mãe, perfume em pétalas suaves,
chegando para nos acariciar,
deixa o coração bem feliz,
conjugando o verbo amar
Neusa Marilda Mucci poetisa