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Naty Parreiras

Auto poema resposta
Já perdi a conta de quantas vezes passeei os olhos pelas tuas palavras, violentei, violei e ainda mais, forjei tais vocábulos de despeito.
Não compreendo como tuas pequenas mãos embalam tantos esbravejantes decretos de saliência, essa revolta ímpar, essa crua permissividade que não esmorece mesmo diante da minha persuasiva desistência!
Assim como esse teu curvilíneo corpo esguio que me deplora tantas proibições, mas que conheço tão displicente, tão involuntariamente despudorado Que mente me tua pouca habilidade, tua irrefletida sedução sublimada no orgulho que te estampa, arredia, quando te ponho inofensiva.
Queria te ofertar bem mais do que tais dimensões paralelas de sub vivência, queria poder consentir tua destreza nessa conquista que me ilumina sob belas palavras, ainda que não consiga permiti las em meu sentimento Poder enxergar essa alegoria na qual nos transforma, com a devida imparcialidade crítica com que me roga, sem afetações de meu ego Ser te luz bem mais do que inspiração, te fornecer meu olhar sob tais versos e causar te a fosforescência com a qual me convidam ao infinito.
Como resisto ao teu aprazível jogo de causa e efeito Como posso negar te o direito de perturbar me, de deixar me insone relembrando tuas vestimentas de pecado, a tua boca colorida de um tanto de ardor e audácia ! Como podes acusar me de evadir me de nossas instâncias, se as carrego com a mesma urgência de cada pulsar irrefletido
Injustas palavras, Menina.
Injustas.