"A SOLIDARIEDADE NACIONAL é indispensável.
Somente o espírito nacional, a sua observância pode gerar e conservar a grandeza de um Estado.
Pretender esta só através da riqueza e da força, como no Império Romano, é uma falácia.
Aristocracia sem Povo é uma contradição; se existe uma classe com privilégios é porque existe outra sem privilégios.
Impossível uma sociedade só de privilegiados e escravos passivos, robôs.
As estruturas sociopolíticas que ATENDAM AOS INTERESSES SÓ DE UMA ELITE GOVERNANTE e desprezem os do povo (aqui incluem se todos os indivíduos de todas as classes socias ricos, pobres, classe média) são autofágicas, conduzem à sua própria destruição.
Não pode haver uma elite sem povo.
Seria como patrões sem empregados; chefes sem chefiados; comandantes sem comandados; alto clero sem baixo clero; instância superior sem instância inferior.
Tais estruturas desfecham nesta comjuntura absurda: governantes sem governados.
E, então o Estado desaparece.
Este é um fato encontradiço na História (exemplo recente: União Soviética) e que geralmente marca o fim dos grandes Estados.
Qual a causa, o motivo deste desfecho É porque a exclusividade da ELITE GOVERNANTE extingue a comunhão e oblitera o espírito nacional, a convicção de terem todos o mesmo destino histórico.
Então a Nação se desfaz ou o GOVERNO se divorcia do que resta dela.
E, de qualquer forma, fica o governo sozinho, sem governados."
Da Grandeza dos Romanos e de sua Decadência Montesquieu