O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (pois isso se aplica a todas as mulheres) e sim pelo desejo o sono compartilhado (isso se aplica a uma só mulher).
Para ele, a música é libertadora: ela o liberta da solidão e da clausura, da poeira das bibliotecas, e lhe abre no corpo as portas por onde a alma pode sair para confraternizar.
O valor de um ser humano reside na capacidade de ir além de ele próprio, de sair de dentro de si próprio, de existir dentro de si próprio e para as outras pessoas.
Não há nada mais forte que a compaixão.
Nem a sua própria dor pesa tão fortemente como a dor que se sente por alguém, pela dor de alguém amplificada pela imaginação e prolongada por centenas de ecos.
Existe uma parte de todos nós que vive fora do tempo.
Talvez só tomemos consciência da nossa idade em momentos excepcionais, na maioria do tempo não temos idade.
A cultura desaparece numa multidão de produções, numa avalanche de frases, na demência da quantidade.
A cultura está a extinguir se em sobre produção, em avalanches de palavras, na loucura da quantidade.
A vida humana acontece só uma vez, e não poderemos jamais verificar qual seria a boa ou a má decisão, porque, em todas as situações, só podemos decidir uma vez.
Não nos são dadas uma primeira, segunda, terceira ou quarta chance para que possamos comparar decisões diferentes
O movimento dos corpos parecia desenrolar uma longa película cinematográfica, projetando sobre o rosto, como que sobre a tela de um televisor, um filme cativante cheio de perturbação, de espera, de explosão, de dor, de gritos, de emoção e de raiva.
O humor: centelha divina que descobre o mundo na sua ambigüidade moral e o homem em sua profunda incompetência para julgar os outros: o humor: embriaguez da relatividade das coisas humanas, estranho prazer nascido da certeza de que não há certeza.