Um leitor inteligente descobre frequentemente nos escritos alheios perfeições outras que as que neles foram postas e percebidas pelo autor, e empresta lhes sentidos e aspectos mais ricos.
Nunca devemos dizer tudo, pois seria tolice; mas é indispensável que aquilo que se diz corresponda ao nosso pensamento; de contrário, é maldade.
Faço dizer aos outros aquilo que não posso dizer tão bem, quer por debilidade da minha linguagem, quer por fraqueza dos meus sentidos.
É um gládio perigoso o espírito, mesmo para o seu possuidor, se não sabe armar se com ele de uma maneira ordenada e discreta.
A única coisa bem distribuída no mundo é o bom senso.
Tanto isso é verdade, que todos acreditam que já têm o suficiente.
Nossa maneira habitual de fazer está em seguir os nossos impulsos instintivos para a direita ou para a esquerda, para cima ou para baixo, segundo as circunstâncias.
Só pensamos no que queremos no próprio instante em que o queremos, e mudamos de vontade como muda de cor o camaleão.