Vou voltar pra minha choça
Quero meu homem da roça
Seu chapéu de aba larga
Seu sorriso que me alaga
Seu cheiro de terra lavrada
Sua piada debochada
Sua voz de sabedoria
Seu assobio que é só alegria
Sua fala sempre mansa
Seu amor que não me cansa
mel ((*_*))
Nesse meu cantar
que parece ser livre,
ainda sinto as cicatrizes
nas cordas vocais
Neste meu andar
que começa a ser prisioneiro,
já sinto os calos doerem
em diversos locais
mel ((*_*))
Às vezes esse vazio que sentimos dentro da gente é tão forte, que nem as batidas de nosso coração conseguimos perceber
mel ((*_*))
E um vento acariciante resolveu balançar os coqueiros, embaraçar os cabelos
É o outono começando a se despedir com seu espetáculo itinerante
mel ((*_*))
E um vento acariciante
resolveu balançar os coqueiros,
embaraçar os cabelos
É o outono
começando a se despedir
com seu espetáculo itinerante
mel ((*_*))
As peças que o dia nos prega
São verdadeiras intrigas
Ou as tornamos piegas
Ou verdadeiras pocilgas
mel ((*_*))
O vento é uma orquestra
cujas notas musicais
se entrelaçam em redemoinhos
cirandando lá fora
num pacto com a natureza
mel ((*_*))
Sorria
Teu sorriso emite notas musicais
que bailam nos meus olhos
e repousam docemente
no meu mais íntimo
segredo
mel ((*_*))
Hoje lá no alto lua cheia!
Tão bela e misteriosa
Tão distante e silenciosa
Tão serena e enigmática
Tão altiva e simpática
mel ((*_**))